O Algarve tem uma forte importância estratégica para Portugal, o que significa que está cheio de história, incluindo a da ocupação Moura e da Era dos Descobrimentos, onde Portugal conquistou o novo mundo.
Isso levou à construção, ao longo de vários séculos, de castelos, fortalezas e palácios, muitos dos quais ainda hoje existem e que você certamente deve procurar incluir em qualquer visita ao Algarve. Aqui vamos explorar alguns dos nossos favoritos.
Albufeira
Castelo de Paderne: é um dos sete castelos simbolizados na faixa carmesim que rodeia o escudo branco das quinas da Bandeira Nacional.
De origem árabe, o castelo foi conquistado por D. Paio Peres Correia, este excelente exemplar de arquitetura muçulmana da Península Ibérica, fortemente danificado pelo terramoto de 1755.
Albufeira tem uma feira medieval que não vai querer perder.
Ao longo de cinco dias, a Aldeia de Paderne recua no tempo e revive o século XIV, com muito comércio, religião, espetáculos e um cortejo histórico que retrata a cerimónia da entrega por D. Dinis da Carta de Doação do Castelo de Paderne à Ordem de Avis, no primeiro dia de Ano Novo.
Chás, iguarias, vinhos e outras iguarias são também um dos grandes atrativos deste festival, que normalmente decorre no último mês de cada ano.
Alcoutim
Castelo de Alcoutim: Este castelo do séc. XIV foi construído de forma a defender a fronteira e tem uma extensa muralha. Foi construído sobre a colina na margem da ribeira de São Marcos que tem afluência ao Rio Guadiana. Do castelo dá para ver o castelo espanhol Castelo de Sanlúcar de Guadiana.
Hoje em dia tem no seu interior o Museu Arqueológico de Alcoutim.
Aljezur
Castelo de Aljezur: Construído no topo do cerro no séc. X, este castelo militar árabe serviu de defesa até ao séc. XVIII. Possui muralhas extensas, duas torres, e uma vista impressionante. É um dos castelos figurados no brasão pátrio.
Castro Marim
Castelo de Castro Marim: Construído por D. AFonso III no séc XIII, a muralha de Castro Marim tem forma semicircular e engloba o castelo, a Igreja de Nossa Senhora dos Mártires e as ruínas do Palácio. Esta Fortaleza foi erguida no margem direita da foz do guadiana e fazia parte de uma rede estruturas defensivas.No sec XV D. João IV mandou restaurar a fortaleza e construir também o Forte de São João de Castro Marim.
Hoje em dia tem no seu interior um núcleo museológico.
Em Castro Marim acontece uma feira medieval em agosto.
A feira tem a duração de 5 dias com recriações da época, os ideais da cavalaria e os torneios, a animação de rua, a exibição de artes e ofícios, as trocas comerciais, os espetáculos teatrais e musicais e os banquetes.
A feira tem, também, uma grande variedade de iguarias e bebidas. O objectivo da organização é levar o visitante através de um momento histórico onde sinta que realmente viajou no tempo.
Faro
Palácio de Estoi: Este palácio singular, de riqueza arquitetónica ao estilo rococó é um palácio único na região.
Este palácio é constituído pelo edifício principal, capela e jardins. No edifício principal, destaca-se no seu interior uma decoração opulenta, característica da época, com decoração detalhada nos estuques e tectos pintados. Tem uma grande sala de baile no centro da casa. Na capela encontra-se uma decoração ao estilo de D. Luis XV, dedicada à Sagrada Família, tendo um quadro setecentista no retábulo do altar e duas telas seiscentistas de Bento Coelho da silveira. Os jardins exteriores do Palácio estão espalhados em três planos, fazendo uso de escadarias na sua decoração e arquitetura. O terraço inferior tem um pavilhão de azulejos de Pereira Júnior do final do séc XIX e o terraço superior tem um pavilhão de vitrais. Existem também vários bustos que decoram os muros, com as mais variadas personalidades.
Palácio Episcopal de Faro: Este bonito Palácio foi construído nos séculos XVI e XVII e está junto ao Seminário e à Igreja da Sé. O edifício foi recuperado e aumentado após o terramoto de 1755 e os seus telhados de quatro águas e portal são-lhe característicos. O seu interior está decorado com azulejos do séc XVIII, tem também uma biblioteca no seu interior.
Este palácio serve, também, de sede do Episcopado que anteriormente estava sedeado em Silves.
Muralhas de Faro: a zona da Vila adentro em Faro, remota ao período romano, há dois mil anos. Duas torres albarrãs foram construídas numa entrada é hoje é conhecido como o arco do repouso,(segundo a lenda, o rei D. Afonso III aí repousou após a conquista da cidade aos mouros em 1249), a outra entrada para a Vila com porta, e de origem árabe. Apesar de ter sobrevivido a ataques e ao terramoto, a muralhada ainda existe e tem sido reconstruída ao longo dos anos.
Para uma maneira única de visitar, também é possível fazer um passeio de barco ao longo das muralhas.
Lagoa
Forte de S. João do Arade: Este bonito Forte funcionava em conjunto com a Fortaleza de Santa Catarina na defesa da barra do Rio Arade e a sua povoação. A sua origem remonta ao séc. XVII e foi reconstruído depois do terramoto de 1755 e esteve em funcionamento até ao fim do séc XIX, quando foi vendido ao poeta Coelho Carvalho que a tornou numa residência particular.
Lagos
Muralhas de Lagos: devido a necessidade de proteger a cidade, as muralhas foram aumentadas e remodeladas durante o séc. XVI por D. Manuel e D. Filipe I. Conhecidas por Muralhas e Torreões de Lagos, esta muralha tem 9 torreões e sete portas de acesso.
Forte da Ponta da Bandeira: Construído a entrada da barra da ria de Serafim, no Séc. XVII, este forte militar fazia parte de uma rede de proteção marítima da sede militar do governo do Algarve. Foi fortemente modificado durante o Estado Novo entre as décadas de 50-60. Tem no seu interior uma capela dedicada a Santa Barbara, com paredes forradas a azulejo seiscentista e está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Se não tem carro, estão disponíveis passeios de autocarro para Lagos e outras áreas.
Loulé
Castelo de Loulé: Este castelo militar árabe foi construído no séc. XIII depois de D. Paio Peres Correia o ter conquistado aos mouros. Originalmente continha uma área de 5 hectares onde se englobava dois núcleos principais: a Alcáçova, espaço militar; e a Medina, espaços civil e administrativo.
Hoje em dia contém o Museu Municipal e o Centro de Documentação Municipal.
Portimão
Fortaleza de Santa Catarina: Construído no reinado de D. Filipe III, esta fortaleza a leste da Praia da Rocha, protegia a zona da barra do ria Arade e a sua povoação em cooperação com o Forte de São João do Arade, do outro lado do rio. Fortemente danificada pelo terramoto de 1755, já foi ocupada pela Guarda fiscal e polícia Marítima.
Silves
Castelos de Silves: Este castelo está no topo da colina e embora tenha tido origem romana, foram os árabes que o elegeram nos séculos VIII e XIII e o melhor exemplo de arquitectura militar árabe em Portugal. Os visitantes podem visitar o caminho da ronda, passando pela porta principal ladeada por duas torres defensivas, três torreões e sete quadrelas.
Silves tem uma famosa feira medieval.
A Feira Medieval de Silves oferece sempre novos cenários, recriações de rituais vikings, equipamentos tecnológicos para apoio ao visitante.
A feira acontece no mês de Agosto dentro das muralhas do Castelo de Silves e é um dos eventos mais famosos nesta cidade.
Esta feira recorda a relação da antiga Xilb com os Vikings, relatando factos que remontam ao ano de 844, quando de Silves saiu em missão diplomática um embaixador Al-Gahzali, que de barco chegou ao território dos Majus (Vikings).
A feira tem muita gastronomia típica algarvia e muito artesanato.
Tavira
Muralhas e Castelo de Tavira: Estas muralhas de origem fenícia foram reconstruídas durante o período árabe, nos séculos XI e XII e foi fortemente melhorada durantes os reinados de D. Afonso III e D. Dinis. A sua posição sobre o Rio Gilão levou a povoação a desenvolver este importante porto marítimo. Restam alguns trocos que podem ser visitados, incluídos o núcleo principal do castelo.
Estão disponíveis passeios organizados para Tavira ou pode simplesmente passear e definir o seu próprio ritmo, se preferir.
Vila do Bispo
Fortaleza do Cabo de S. Vicente: Elevado no reino de Manuel I de Portugal, quando D. Fernando elegeu uma fortaleza e uma ponte de Farol para defender a região. A estruturas iniciais foram arrasadas por Francis Drake e reconstruídas a partir de 1632, sob o reinado de Filipe II de Portugal, tendo sido abalada pelo maremoto e terramoto de 1755. Reconstruído depois por D. Maria II em 1793.Neste local encontrava-se um convento que é dito ter acolhido os restos mortais de São Vicente. O farol foi construído em 1904 e continua em funcionamento.
Fortaleza de Sagres: Localizada em posição dominante na Ponta de Sagres e erguida no séc. XVI por D. Henrique. No seu interior esta Igreja de Nossa Senhora da Graça, construída exatamente onde antes esteve a Igreja de Santa Maria, anteriormente destruída por Sir Francis Drake em 1587. Existe nesta forteleza uma impressionante Rosa dos Ventos e Relógio de Sol, que se pensa remontar ao Infante.
Uma maneira interessante de explorar a área, são os passeios de segway em Sagres. Ou também pode encontrar um passeio de autocarro em Sagres, Silves e Monchique, que é uma ótima maneira de explorar uma área mais ampla.
Fortaleza de Santo António de Beliche: Esta fortaleza originou para defender os pescadores desta zona dos piratas, datada do séc. XVI. Tem planta poligonal e uma capela de Santa Catarina no seu interior com cúpula. Agora recuperada, esta fortaleza foi fortemente danificada por Francis Drake 1587 em e pelo terramoto de 1755.
Vila Real de Santo António
Fortaleza de Cacela Velha: A zona histórica de Cacela Velha engloba uma Fortaleza do séc. XVI que foi reconstruída após o terramoto de 1755 e uma igreja de origem medieval. A última reconstrução visível da Fortaleza remonta ao séc XVIII e Cacela Velha e distinguida como Imóvel de Interesse Público.
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