Maiores Tendências do Turismo para 2018

2017 foi um ótimo ano para o turismo no Algarve, estas são as expectativas para o turismo no Algarve em 2018!

Como o ano passado foi um ano recorde para o turismo em Portugal e no Algarve, descubra as tendências e mudanças previstas para 2018 nesta economia de mercado tão importante.

Turismo na época baixa

Uma grande tendência para 2018 passa ainda pela popularidade fora de época do turismo em Portugal. Normalmente identificado como sendo um destino para férias de Verão, estatísticas recentes revelam que o número de turistas durante outras estações do ano, com particular destaque para os meses de Inverno, provam a crescente popularidade de Portugal durante todo o ano.

Catamaran Liana from Vilamoura approaching the cliffs
Atividades como passeios de barco crescem em popularidade no Inverno

António Costa, o primeiro-ministro português, deu recentemente voz à sua opinião, evidenciando que não é só o número de turistas durante o Verão que tem vindo a crescer, mas também o número de turistas durante a época baixa, realçando que no primeiro semestre de 2017 houve um aumento de 20% no número de pessoas a voarem para aeroportos nacionais. O primeiro-ministro proferiu o discurso durante a inauguração do recém-ampliado aeroporto de Faro, uma das infraestruturas a ser destacada pelo governo numa aposta para atrair ainda mais turistas, acrescentando que uma melhor e mais diversificada oferta veio alterar o paradigma do turismo em Portugal. Campos de golfe mundialmente famosos espalhados pelo país e pelo Algarve e um clima ameno e agradável com temperaturas a rondarem os 15ºC no Algarve, a acrescentar aos mais de 300 dias de sol da região, fazem deste o destino ideal para todo o ano.

De facto a procura pelo Algarve tem vindo a aumentar de forma consistente durante a época baixa, com muitas das suas principais atracções e actividades a alargarem o período de funcionamento de modo a operarem também em outras alturas do ano que não exclusivamente entre Junho e Setembro, como é o caso da maior parte dos parques aquáticos. Atividades como paintball, andar a cavalo, safari de buggy, karting, stand up paddle (SUP), ténis, aluguer de barcos privados e bicicleta de montanha estão entre as atracções mais populares que se podem experimentar durante todo o ano (para mais informações por favor clique aqui).  Com os preços baixos, comida deliciosa, clubes de diversão nocturna e bares, o Algarve é não só o destino perfeito para umas férias de Verão mas também para o ano todo.

Falta de acomodação traduz-se em trabalhadores insuficientes

Uma tendência do turismo no Algarve é a falta de mão-de-obra qualificada para dar resposta ao crescente número de turistas no Algarve. É esperado que este problema se agrave ainda mais este ano, em parte devido à baixa taxa de desemprego, com o Algarve a registar o segundo índice mais baixo de desemprego em Portugal em 2017, mas também devido à dificuldade que os trabalhadores sentem em arranjar acomodação.

Airbnb aumenta as dificuldades de recrutamento para trabalhadores sazonais

O aumento do preço das rendas e o crescimento de empresas como o Airbnb ou o Booking.com significam que propriedades habitualmente disponíveis para serem alugadas por trabalhadores durante 3 a 6 meses só estão agora disponíveis para serem alugadas durante uma ou duas semanas, o que resulta numa inflação dos preços. Isto faz com que muitos trabalhadores potencialmente interessados em trabalharem no Algarve durante o Verão se sintam desencorajados, agravando ainda mais a falta de mão-de-obra.

A baixa taxa de desemprego constitui ainda prova da abundância de trabalho em relação a trabalhadores dispostos a preencherem as vagas. As profissões que mais carecem de trabalhadores são as de cozinheiro, empregado de limpeza e empregado de mesa. As empresas recorrem muitas vezes a trabalhadores temporários ou a estagiários para colmatar a falta de pessoal qualificado, o que resulta em salários mais baixos.

Trabalhadores oriundos de outras zonas de Portugal costumam ajudar o Algarve e os seus 300 000 residentes a darem resposta aos 12 milhões de turistas que visitam a região todos os anos, no entanto, as crescentes dificuldades sentidas ao tentar arranjar acomodação perspectivam que se torne ainda mais complicado encontrar uma solução para o problema.

Portugal eleito o terceiro país mais pacífico do mundo

Outra tendência para 2018 é a crescente popularidade de Portugal e de resorts no Algarve como destinos seguros e com regimes políticos estáveis. Portugal ficou em terceiro lugar na lista de países mais pacíficos do mundo no Índice de Paz Global de 2017. Uma excelente recuperação económica depois da Crise Financeira de 2018 que levou a uma maior estabilidade interna fez com que o Instituto para a Economia e Paz não tivesse outra alternativa a não ser atribuir o terceiro lugar a Portugal (o que representa uma melhoria em relação ao 5º lugar de 2016).

Portugal sobe no Índice de Paz Global de 5º para 3º

Ser reconhecido como um dos países mais seguros do mundo ajuda a atrair turistas, os quais se sentem confortáveis em escolher Portugal para passar as férias. O ranking teve ainda uma grande influência no turismo no Algarve com os hotéis a registarem os maiores índices de ocupação de sempre. O ambiente de instabilidade que é uma consequência dos mais recentes ataques terroristas no norte de África, como na Turquia, Egipto ou Tunísia, obrigou os turistas a procurarem outras opções. Um solarengo Algarve costeiro, com alguns dos melhores hotéis do mundo, foi a escolha alternativa e as previsões são para que o mais recente boom se intensifique durante 2018. Destinos típicos como França, Suécia ou Bélgica são agora vistos como sendo pouco seguros, o que permite que mercados pouco tradicionais foquem a sua curiosidade em Portugal e em cidades históricas como Lisboa ou Porto.

Airbnb cresce em popularidade em Portugal e no Algarve

Uma das maiores tendências no turismo para 2018 é o crescimento da popularidade do Airbnb. Airbnb é uma plataforma electrónica que permite que se alugue casas e quartos. Isto faz parte da economia de mercado, ou, se preferir, da uberização da economia, onde um modelo descentralizado permite que dois indivíduos comprem e vendam bens ou serviços directamente, sem ser necessária a intervenção de uma terceira parte.

Airbnb cresce 59% em Portugal

Dois artigos de Dezembro de 2017 do Jornal de Negócios examinam como a empresa Airbnb pretende expandir a sua área de negócio em Portugal e, em particular, no Algarve. Uma das maneiras passa por se associar à organização Turismo de Portugal, onde os anfitriões da empresa podem agora tornar-se anfitriões do Turismo de Portugal também. Isto não constitui exactamente surpresa depois do crescimento do Airbnb de 28% no número de casas registadas na plataforma em Portugal (são agora oferecidos mais de 60 000 quartos) e depois do número de visitantes estrangeiros a ficarem alojados em acomodações listadas no Airbnb ter crescido 59% em 2017.

O Airbnb é de tal forma popular em Portugal que 25% da população de Lisboa já usou a plataforma quer no papel de hóspede quer no papel de anfitrião, números estes semelhantes aos de cidades como Paris ou São Francisco. É ainda de salientar que a região do Algarve encontra-se entre as três regiões mais procuradas como destinos de férias, relata Arnaldo Munõz, director-geral da plataforma para a Península Ibérica. O Algarve tem ainda 3 das suas cidades no top10 do ranking do Airbnb das cidades mais hospitaleiras de Portugal (Lagos, Portimão e Albufeira na 4ª, 8ª e 10ª posições respectivamente). O Algarve é também a região mais popular para cidadãos portugueses com mais de sessenta anos, descrevem os números do Airbnb.

Outro exemplo evidente do facto do Airbnb ser uma forte tendência na área do turismo para 2018 é apontada pelo jornal Público. Um artigo de Novembro de 2017 discute a aposta da empresa em tornar-se uma plataforma para famílias à procura de casas para férias. Para complementar assim o seu papel urbano e de lazer, tenciona oferecer espectáculos, um jantar num miradouro ou visitas guiadas. Lisboa foi uma das primeiras cidades da Europa onde foi implementado este projecto-piloto precisamente devido à sua popularidade entre os utilizadores do Airbnb. Mas acima de tudo, o mais entusiasmante acerca de Portugal é o seu potencial de crescimento, ressalva Arnaldo Munõz. O facto de Portugal ter concebido um plano estratégico nos últimos 5 anos para perceber como podia crescer no turismo, aliada a uma lei de 2014 que reconhece o direito ao homesharing, fizeram com que o Airbnb e outras empresas semelhantes reconhecessem que poderiam crescer em Portugal.